terça-feira, 4 de novembro de 2014

#Ingredientescosmeticos

FINALIZADORES CAPILARES 
Você sabe como devem ser usados e quais cuidados devem ser tomados ao escolher o seu?





Você provavelmente usa ou já usou algum produto capilar após sair do banho ou mesmo com os cabelos secos para dar aquela “finalizada” na madeixa. São inúmeras as possibilidades de produtos capilares sem enxágue (leave on), com finalidades variadas, como reparador de pontas, para pentear, ativador de cachos/ondas, para modelar, para fixar, entre outras. A ideia do post de hoje é pensar sobre os tipos de finalizadores capilares, relacionando a sua composição com a sua indicação e o que podem causar nos cabelos e couro cabeludo se mal aplicados.

O uso de finalizadores capilares é cada vez mais frequente tanto em casa como nos salões de beleza. 

Descubra qual é a melhor opção para você.

FLUIDOS CAPILARES 


Vamos começar pelos fluidos capilares, mais frequentemente vendidos com o apelo “selador de pontas” ou “reparador de pontas”. São formulações que, como o próprio nome já diz, são fluidas, sendo facilmente aplicadas: basta pegar uma a duas “valvuladas”, espalhar bem nas palmas das mãos e aplicar nos cabelos. Sua composição é muito simples, basicamente uma mistura de silicones (ciclopentasiloxano, ciclometicone, dimeticone, dimeticonol, dimeticone copoliol, entre outros) e uma “pitadinha” de algum óleo que esteja em alta no mercado cosmético (argan, ojon, murumuru, girassol, buriti, babaçu, cupuaçu, castanha), além é claro, dos aditivos fundamentais, como conservantes, antioxidantes, sequestrantes, corantes, fragrância.   Eventualmente podem ser adicionados umectantes, ou seja, substâncias com capacidade de atrair água (inclusive a do ambiente), como a glicerina e o propilenoglicol.  O que há de se cuidar aqui? O produto deve ser aplicado em pequenas quantidades e com maior enfoque nas pontas, do contrário (e dependendo da formulação) pode dar a sensação de oleosidade e deixar o cabelo com aspecto “pesado”.
Os produtos destinados ao público com cabelos crespos ou ondulados com efeito “ativador de cachos ou ondas” são aplicados normalmente na extensão dos cabelos úmidos. Os tipos de substâncias adicionadas são muito semelhantes aos finalizadores do tipo fluido capilar, o que muda é a sua concentração e o veículo carreador. Nesse caso, as emulsões (loções ou cremes) são as mais escolhidas. São utilizados: glicerina, propilenoglicol, PCA-Na e lactato de sódio como umectantes, dimeticone copoliol (família de silicones solúvel em água) e “reconstrutores capilares”, como o hidrolisado de proteínas do trigo. A questão a ser considerada com o uso repetitivo destes produtos é o excesso aplicado na tentativa de “domar” os cabelos, diminuindo o seu volume, o que pode, no final das contas, dar um aspecto “ensebado”.

CREMES DE PENTEAR 



Os cremes de pentear são praticamente indispensáveis para os cabelos extremamente danificados.
Com apresentação e forma de aplicação semelhante a esses produtos, temos os cremes de pentear. Cabelos danificados apresentam cutículas não íntegras, o que facilita o embaraço devido à porosidade e consequente aspereza. Além disso, quebram com facilidade pois estão mais frágeis. Os cremes de pentear, neste caso, devem proporcionar aos fios uma emoliência que faça do pentear uma etapa mais fácil e sem tantos danos gerados. Para isso, é comum que sejam adicionados à formulação agentes com carga positiva ou catiônica (ex.: quaternários de amônio), proporcionado  condicionamento e efeito antiestático aos fios. Lembrando que quanto mais danificados estão os nossos cabelos, mais negativamente carregados eles ficam; assim, uma substância com carga oposta é atraída facilmente, conferindo facilidade de deslizamento de um fio sobre o outro. Os sobreengordurantes são também essenciais, pois repõem a oleosidade removida durante a lavagem (oleosidade essa que, diga-se de passagem, perde-se exageradamente nos cabelos danificados, o que não é bom).

MODELADORES E FINALIZADORES 


Dentre os produtos modeladores ou fixadores do penteado, podem-se destacar os géis, os mousses e os sprays. Os géis certamente são os produtos mais amplamente utilizados, especialmente pelo público masculino. Eles são compostos basicamente por água (e às vezes álcool), o formador de gel (derivados da celulose ou carbopol), os aditivos já mencionados e os fixadores (ex.: polímeros de polivil pirrolidona - PVP, copolímero de PVP e acetato de vinila, copolímeros de acrilatos). Os géis que trazem o apelo de “brilho molhado” são adicionados de propilenoglicol e glicerina. Qual seria o problema associado ao uso de géis? Poucos, eu diria. Como a formulação é majoritariamente feita de água, os efeitos desagradáveis ficam muito mais por conta do aspecto pesado dos fios caso não sejam lavados diariamente do que qualquer possibilidade de irritação.

Os hairsprays e os mousses fixadores tem algo em comum: frequentemente são envasados em frascos aerossol que torna fundamental a adição de um agente propelente ou propulsor (um gás que “carrega” o resto da formulação no momento em que a válvula de liberação do produto é acionada, pois fornece pressão para a fase gasosa na embalagem. Ex.: propano, isobutano, N-butano, dimetil éter). As partículas e gotículas originadas por esses sistemas são muito pequenas e formam uma “nuvem” no ar. Nesse sentido, é sempre importante que se evite o contato do aerossol com os olhos, bem como a sua inalação. Seja cauteloso e minimize essa exposição. Tanto os mousses capilares como os hairsprays apresentam fixadores do penteado, conforme já citado para os géis. Os mousses tem a peculiaridade de serem adicionados de um formador de espuma (tensoativo) para proporcionar a formação daquela bela, densa e estável espuma ao acionar a válvula do frasco. O que deve-se cuidar com o uso desses produtos, mousses e hairsprays, é que os fios podem ficar mais quebradiços dependendo do poder de fixação do produto aplicado. Fala-se muito em efeito build up, ou seja, excesso de resquícios de produtos nos fios. Por isso, é fundamental que o produto não seja reaplicado dia após dia sem que os cabelos e o couro cabeludo sejam higienizados. Fazendo uma analogia muito simplista, seria o mesmo que pensar – “em que condições é mais fácil quebrar uma batata frita, quando ela está crocante ou mole? Crocante, certo?” – os cabelos, no mesmo sentido, se estiverem “enrijecidos” em função do excesso de fixador na sua superfície podem quebrar com mais facilidade.

Os homens devem tomar cuidado ao escolher o produto finalizador ou modelador, pois seu cabelo normalmente curto favore a migração do produto para o couro cabeludo.



POMADAS E CERAS 

Por último e não menos importantes, as pomadas e ceras capilares, podem apresentar um toque sedoso e deixar um brilho residual muitas vezes desejado. A questão a ser pensada quando se usa esse tipo de produto tem a ver com a sua composição: altas quantidades de vaselina líquida (óleo mineral) e sólida, além de silicones e outros emolientes (óleos vegetais ou sintéticos, também chamados de reengordurantes ou sobreengordurantes, substâncias que ajudam a manter os cabelos macios, fáceis de pentear e mais brilhosos). Sendo assim, o excesso de produto pode deixar aspecto oleoso ou de cabelo sujo. Além disso, ninguém garante que quadros onde o usuário já possui algum desbalanço para mais na secreção de oleosidade (dermatite seborreica, por exemplo)  não possam ser agravados. Neste caso, procure não aplicar o produto rente ao couro cabeludo  ou ainda melhor, cogite a possibilidade de usar outro tipo de modelador, preferencialmente livre de óleo. Embora você mantenha uma distância para o couro cabeludo, o produto pode fluidificar-se quando em contato com fontes de calor (corporal, sol, locais abafados, secador de cabelos) e migrar para o couro cabeludo, especialmente se o cabelo for curto como na maioria dos homens.
Uma dica que vale para todos os produtos citados neste texto é: use a quantidade de produto suficiente para o efeito desejado e não mais que isso. “Emplastar” os cabelos pode gerar um efeito conhecido na área cosmética como “build up”, ou seja, um acúmulo de resíduos de produtos sobre os fios de cabelo decorrente de aplicações repetidas. As principais consequências são o aspecto pesado e desvitalizado dos fios. Além disso, se você apresentar alguma alteração no couro cabeludo se aconselhe com um profissional sério com conhecimento na área cosmética e capilar, ele poderá lhe ajudar a eleger a melhor opção para evitar qualquer agravamento da situação.


Fonte auxiliar; Halal, J. Tricologia e a química cosmética capilar. Cengage Learning. 5 ed. traduzida, 2011.
Fonte imagens internet

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