HIDROXIDO DE GUANIDINA
O alisamento feito com ela aceita coloração? Quando é possível fazer relaxamento com outro ativo? As maiores dúvidas são esclarecidas aqui.
É POSSÍVEL RELAXAR UM CABELO COM GUANIDINA E APLICAR A ESCOVA PROGRESSIVA, INTELIGENTE OU QUALQUER OUTRO TIPO DE ESCOVA NO MESMO DIA?
Não há razão para isso, principalmente se a ideia for utilizar substâncias agressivas à saúde como o formol. Sem falar que a sobreposição de componentes pode sobrecarregar os fios, resultando em quebra, ressecamento e até queda. Se usar um cosmético de qualidade e com base adequada ao tipo de cabelo, não há necessidade de empregar outro processo químico para potencializar o resultado, pois o alisamento já será satisfatório.
A TRANSFORMAÇÃO COM GUANIDINA É MAIS LENTA EM RELAÇÃO ÀS OUTRAS BASES ALISANTES?
O hidróxido de guanidina age mais devagar que os outros porque contém moléculas maiores. Apesar disso, atinge o mesmo patamar dos demais produtos, desde uma abertura de cachos até um alisamento perfeito. Já comparado ao tioglicolato de amônio, ela age mais rápido, pois seu pH é maior.
A GUANIDINA PODE PROVOCAR ALTERAÇÕES NA PIGMENTAÇÃO DOS FIOS?
De todos os processos de relaxamento tradicionais, ela é o que menos interfere na cor, seja na resistência do cabelo artificial ou natural. Mas, dependendo, ele pode ficar opaco. A opacidade está ligada diretamente à qualidade do produto e à porosidade da fibra. Se não for bem enxaguada, a substância deixa como subproduto o carbonato de cálcio, ou gesso, que enrijece os fios. E caso o grau de ressecamento seja grande, eles se tornam ainda mais porosos. Nesse caso, até sem química haverá um clareamento nas pontas e perda de pigmentação e sedosidade.
QUAL É O INTERVALO SEGURO ENTRE UM ALISAMENTO COM GUANIDINA E UMA COLORAÇÃO?
Cada fabricante sugere um prazo, que varia de dez dias a dois meses. Por isso é indispensável seguir as orientações da bula. Mesmo assim, muitos profissionais não recomendam tingir no mesmo dia para não sobrecarregar a fibra e correr o risco de ter fios quebrados, finos sem brilho e elasticidade. A tintura permanente pode ser utilizada, em média, 20 dias após a aplicação da guanidina, mas o cabelo deve estar saudável. E antes da coloração indicam-se tratamentos com cargas de proteína para recompor a estrutura capilar. Já logo após o relaxamento pode-se aplicar tonalizante, que é livre de amônia tipo Color Touch da Wella ou coloração permanente livre de amônia, tipo Inoa da L’Oreal.
EM QUANTO TEMPO PODE-SE TROCAR A BASE QUÍMICA USADA NO ALISAMENTO?
A questão exige muita atenção. Quem alisa com guanidina não deve mudar para tioglicolato, pois as duas substâncias são incompatíveis. Se precisar de alisamento maior, por exemplo, pode-se partir para o hidróxido de sódio, porém o que vai definir tudo é o teste de mecha. O ideal seria dar um grande intervalo entre uma transformação e outra, até conseguir um bom espaço entre a parte com e sem alisamento. Aliás, é nesse limite que ocorre a quebra com maior frequência. Mas poucas pessoas conseguem esperar tanto tempo. Por isso o profissional precisa de muita segurança e habilidade para não trabalhar sobre os fios já alisados.