MAIORIA DE TQB COM RÓTULO LIVRE DE FORMALDEÍDO DÁ INFORMAÇÃO
FALSA
Comumente apresentado como tratamento capilar de queratina,
também chamados tratamentos brasileiros à base de queratina (TQB), a escova
progressiva se tornou popular e uma febre como um tratamento para disciplinar
os fios. Esses tratamentos contêm polímeros de silicone (silsesquioxanos) com
alta concentração de formaldeído (formol) ou glutaraldeido.
De acordo com o Cosmetic Ingredient Review (Teste de
Ingredientes Cosméticos), o nível seguro de formaldeído é menor que 0,2%, nível
em que terá efeito e comportamento de conservante nas formulações cosméticas.
O trabalho de pesquisa da Universidade revelou que os
produtos TQB – ou produtos brasileiros semelhantes à queratina – são, em sua
maioria, repletos de formaldeídos. De acordo com os resultados das testagens,
os produtos nacionais e as marcas vendidas online, podem ocasionar muitos
riscos à saúde humana, devido a um nível inaceitável de formaldeído, variando
entre 0.96% e 1,4 %, quando a concentração máxima segura recomendada é de 0,2%.
Alguns tratamentos de queratina vendidos como “livres de
formaldeído” ou “sem formol” podem, ainda assim, conter níveis excessivos desse
composto orgânico; e, infelizmente, isso acontece na maioria das vezes.
Maioria de TQB com rótulo livre de formaldeído dá informação
falsa.
Os nomes dos produtos (marcas) não foram revelados.
Cinco entre os produtos considerados tóxicos ao uso humano
são descritos em seus respectivos rótulos como “livres de formaldeído”, o que
representa um crime, por não alertar claramente aos consumidores e
profissionais de beleza quanto aos riscos do uso destas substâncias.
Outros produtos não usam o termo formaldeído, mas mascaram a
presença do componente, referindo-o a outras substâncias, tais como formol,
metileno glicol, óxido de metileno, paraformol, aldeído fórmico, metanal,
oximetano, oximetileno, ácido timonácico, acido glioxílico ou ácido tiazolidinecarboxílico.
Os tratamentos de queratina com formol usam o secador de
cabelos a quente e uma prancha (piastra) quente para fazer o produto
polimerizar o cabelo, alguns produtos, indicam os profissionais deixarem o
produto em repouso no cabelo por um tempo, após dar uma enxaguada e ai proceder
a secagem com secador e pranchar, o que é a mesma coisa, pois o produto já esta
depositado no fio. O calor extremo também faz o formaldeído vaporizar no ar,
assim apresentando sério perigo à saúde de todos os presentes no ambiente, O
lançamento de vapores de formaldeído pode facilmente exceder a concentração máxima
permitida pela OSHA, de 0,75 partes por milhão (ppm) em um período de oito
horas. O cliente que fez o tratamento também ficou exposto aos vapores que são
lançados, enquanto o revestimento de polímero se quebra com o tempo.
Produtos de ação termoativa com cargas de formol ou
glutaraldeído causam sérios danos ao couro cabeludo e queimaduras na pele.
Esses mesmos produtos químicos são usados em cremes depilatórios e podem,
literalmente, dissolver o cabelo porque são muito corrosivos à pele e aos
olhos. O formaldeído e o glutaraldeído são agentes cancerígenos, que podem
causar danos irreversíveis à saúde, e têm seu uso proibido como princípios
ativos alisantes. Esses ativos promovem a formação de pontes metilênicas por
interferência direta nas pontes de enxofre que, no médio prazo e com aplicações
consecutivas, facilmente podem desencadear um processo de degradação da fibra
capilar, por formação excessiva de áciod cisteico que se acumula como resíduo
do cabelo, acidificando a fibra capilar.
O melhor seria não usar mesmo esses tipos de produtos, e
aceitar a nossa natureza mantendo nosso lindo cabelo: black is power!
Fontes de consulta:
John Halal – Tricologia e a química Cosmética Capilar
Pesquisa Instituto de Quimica da USP
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